06 Fev 2025

PL de Fátima Canuto que cria carreira de professor indígena no quadro do Magistério Público tramita na Assembleia

Alagoas recebe três novas escolas estaduais indígenas em fevereiro
PL de Fátima Canuto que cria carreira de professor indígena no quadro do Magistério Público tramita na Assembleia

Visando valorizar a educação indígena em Alagoas, a deputada estadual Fátima Canuto apresentou um projeto de lei (nº 395/24), que está tramitando na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), autorizando o Governo do Estado a criar a carreira de professor indígena no quadro do Magistério Público de Alagoas. O projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e seguiu para a Comissão de Educação para relatoria. 

Conforme o PL, o exercício das atividades de professor indígena fundamenta-se nos direitos das comunidades indígenas à educação escolar com utilização de suas línguas maternas e secundárias e dos processos próprios de aprendizagem. O projeto atribui ao professor indígena a docência em unidades escolares indígenas, com participação na elaboração de programas específicos, materiais didáticos, planejamento de ações, entre outras atividades, visando a preservação da etnia dos alunos. 

A parlamentar explica que garantir mais segurança e direitos aos professores indígenas é uma forma de fomentar a cultura e manter vivas as tradições dessa etnia em nosso estado. “Acredito que a educação é uma das principais formas de manter viva a língua, a etnia e os costumes. Então, proporcionando mais estabilidade ao professor indígena, vamos ter a certeza de que a educação dos estudantes indígenas está no caminho certo, respeitando os costumes e crenças dos povos originários”, disse Fátima Canuto. 

O projeto de lei determina que o ingresso na carreira de professor se dará por meio de aprovação em concurso público de prova e títulos. A carreira dos educadores deve ser estruturada em três classes e seis níveis e o desenvolvimento se dará por meio de promoção e progressão. 

Neste mês, a Secretaria do Estado da Educação (Seduc) vai atender antigos pleitos da população, inaugurando três escolas indígenas no estado. Três povos serão beneficiados com as novas escolas: Kalankó, com a Escola Indígena Francisco Higino da Silva, em Água Branca; Karuazú, com a Escola Indígena Antônio José da Silva, em Pariconha; e Aconã, com Escola Indígena José Saraiva Irmão Suraconã, em Traipu. Com essas novas unidades, o número de escolas indígenas em Alagoas será ampliado para 19. 

por Ascom Fátima Canuto


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